O menino
não é um menino moderno.
É menino antigo;
menino das antigas.
Daqueles que rezam
e até fazem figas.
Embora quieto,
é o mais destemido.
Vive de montar
e desmontar palavras:
escreve imagens,
atravessa fronteiras.
É muito corajoso,
enfrenta até as feras.
Como um Dom Quixote,
duela com gigantes
moinhos de ventos.
É um menino
que não cria grilos,
só voos deveras.
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