Projeto Poesia às 2as.feiras


CAMARGO, Luís; ilustrações do autor. O cata-vento e o ventilador. IN: O cata-vento e o ventilador. 6a.ed., São Paulo, FTD, 1992. p.22

O cata-vento andava meio triste,
meio chateado,
porque não tinha vento
para catar,
não tinha vento para ele girar.

O azul-claro, o azul-escuro,
a cor de abóbora, o vermelho,
a cor de gema e a cor de clara,
estavam todas paradas
no cata-vento,
meio tristes, 
sem se mexer.

Mas o ventilador,
que sabia fazer vento,
se ligou na tomada
e começou a girar
e girou o vento
e o vento girou o cata-vento.

E o cata-vento gostou tanto, tanto
que deu um abraço bem forte,
bem gostoso no ventilador.


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