Drummond, o poeta que canta a terra natal e questiona a existência



Ao longo da carreira, Carlos Drummond publicaria mais de 50 livros, dentre poemas, contos e crônicas.

Ele era funcionário público, jornalista e cronista. Mas viria a se destacar pelos poemas que escrevia. Natural de Itabira do Mato Dentro, uma cidade do interior do estado de Minas Gerais, Carlos Drummond de Andrade é um dos principais poetas da literatura brasileira.
Apesar da identificação com o modernismo, essa característica não se encontra majoritariamente nas primeiras obras do autor. Em ‘Alguma Poesia’, de 1930, e ‘Brejo das Almas’, de 1934, o que está presente é a descontração sintática, revelada principalmente pelo poema-piada. Ainda no ano de 1930, o poema ‘Sentimental’ foi proferido durante a conferência “Poesia Moderníssima do Brasil”, realizada na Faculdade de Letras de Coimbra.

Durante muito tempo da vida, Carlos Drummond de Andrade morou no Rio de Janeiro, onde trabalhou como funcionário público. Exerceu funções no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Também atuou no gabinete do ministro da Educação, na época Gustavo Campanema, que estudara junto com Drummond na faculdade.
Resumo sobre Carlos Drummond de Andrade biografia: Quem é que nunca ouviu falar que “no meio do caminho tinha uma pedra”? Pois o famoso poema, ‘No meio do Caminho’, foi publicado em 1928 na “Revista de Antropofagia”. Os sentimentos de angústia quanto ao futuro estariam sempre presentes em suas obras, bem como o orgulho e a saudade da terra natal.
O fazer poético, questões do indivíduo e o existencialismo são outros aspectos dos versos do poeta. Quando passa a escrever sobre o contexto social, o desejo de transformação e a solidariedade são temas que aparecem nos livros. O autor também viveu durante a época em que o mundo esteve bipolarizado pela Guerra Fria. Assim, a incerteza do período também pode ser observada em seus trabalhos.


O verso livre, sem metrificação, é uma das características modernistas que marcam as obras de Carlos Drummond. Junto com Vinícius de Morais, Érico Veríssimo, Jorge Amado, Cecília Meireles e Murilo Mendes, se insere no segundo período do Modernismo Brasileiro.
Quanto ao estilo do escritor, a linguagem mais popular, por meio de uma poesia objetiva e concreta, é o que identifica os poemas de Drummond. Também gosta dos versos sarcásticos e irônicos como incentivo à liberdade de escrita.
Em 1945, o escritor larga o cargo de chefe de gabinete e, mesmo que exercesse algumas funções burocráticas, Drummond sempre se importou com a profissionalização da carreira do escritor. Ele participava de encontros para debater o papel dos escritores e defendia os companheiros de profissão.

Poesia Até Agora’ é lançada em 1948. Depois, volta a escrever para o jornal “Minhas Gerais”. Sua filha casa-se, mais tarde, e muda-se para a Argentina. É nessa época, quando nasce o primeiro neto, que Drummond vai visitá-la.
Uma sequência de obras marca os anos de 1950 do poeta. ‘Claro Enigma, ‘Viola de Bolso’, ‘Contos de Aprendiz’, ‘Passeios na Ilha’, ‘A Mesa’, ‘Fala, Amendoeira’ e ‘Ciclo’ são alguns dos trabalhos feitos por Drummond na época. Em 1954, é a vez das crônicas do autor serem publicadas no “Correio da Manhã”.
Já na década de 1960, Drummond conquista o cenário internacional. Os livros do autor são publicados nos EUA, Portugal, Alemanha, Argentina, Suécia e Checoslováquia.
Ao longo da vida, diversos seriam os poemas escritos por Carlos Drummond de Andrade. São mais de 50 livros publicados, que se dividem entre contos, crônicas e poesias. Alguns dos livros mais conhecidos do autor são ‘Alguma Poesia, ‘Sentimento do Mundo’, ‘A Rosa do Povo’, ‘Claro Enigma’, ‘Antologia Poética’, ‘José e os Outros’ e ‘Corpo’.


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