QUINTANA, Mário. Criatividade. IN: Porta giratória. São Paulo, Globo, 1988. p.22
Desconfiar da observação direta. Um romancista de lápis em punho no meio da vida -- esse atento senhor acaba fazendo apenas reportagens. É melhor esperar que a poeira baixe, que as águas resserenem: deixar tudo à deriva da memória. Porque a memória escolhe, recria. Quanto ao poeta, que nunca se lembra, inventa. E fica mais perto da verdadeira realidade.
Comentários