Curso Copista Braille e Ledor Voluntário

Uso do reglete durante o Curso de Copista Braille
Depoimento de Fábio Valentim de Souza

Curso Copista Braille

O curso de "copista Braille" começou quando Juana Maria Rey (pedagoga e coordenadora do serviço Braille da Biblioteca Monteiro Lobato) e Marilia (bibliotecária) resolveram que era necessário aprender a Linguagem Braille para beneficio dos usuários do setor.
O curso foi realizado na Fundação Dorina Nowill para Cegos de São Paulo, com cadernos de exercícios no total de 33 lições. O curso é ministrado até hoje no Espaço Braille Profª. Alice Ribeiro.
Operação de Márquina Perkins durante Curso de Copista Braille
Foram preparadas fichas de inscrições e começaram o curso no Espaço Braille com apenas 2 máquinas Perkins. Logo foram ampliadas as máquinas para 6 sendo contempladas 4 máquinas graças ao prêmio Petrobrás Cultural.

A proposta era divulgar o curso nos jornais da cidade de Guarulhos e o curso foi ensinado a quem procurava.

Atualmente o diferencial é a parceria com o Núcleo de Formação Permanente da Secretaria da Educação - porque os professores se interessam muito e tambem os estudantes de Pedagogia.

Há na grade curricular dos cursos de Pedagogia a disciplina de Educação Inclusiva e os alunos devem aprender Linguagem Braille e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).

Houve bastante concorrência pelas vagas. Como as vagas eram limitadas, logo eram preenchidas. Alguns ficaram até a meia-noite anterior ao dia que iniciavam as inscrições a fim de conseguir a vaga.

Curso de Ledor Voluntário

Cabine de Gravação
No início, a pedagoga Juana gravava sozinha os áudios-livro em fitas cassetes. Ela foi até a Fundação Dorina fazer o curso de ledor e entender como estruturar o projeto... Quando começou a fazer as gravações com um micro system, a profª. Juana ficava em alguns dias por muito tempo num local improvisado.
Logo, quando começou a Agenda cultural, foi publicada uma matéria convidando pessoas da comunidade para serem ledores voluntários.

Vieram muitos candidatos e a Profª. Juana ensinava o candidato individualmente a gravar com o micro system.
O voluntário operava sozinho e gravava simultaneamente. O local da gravação e os equipamentos não eram os ideais, mas atendia a muitos deficientes. A profª Juana supervisionava os voluntários.
As gravações diárias foram interrompidas pela quebra do micro system.

Tivemos voluntários muito legais, professoras aposentadas com vozes excelentes e gente muito altruísta.
Cabine de Gravação
Com o Premio Petrobras Cultural, do Governo Federal, foi possível construir uma cabine de gravação adequada, onde os funcionários da biblioteca começaram a participar na operação dos aparelhos e software. A cabine da Biblioteca Monteiro Lobato foi construída a semelhança das cabines da Fundação Dorina Nowill.

Se não fosse o prêmio da Petrobrás as gravações teriam parado mesmo!

A profª. Juana fez o mesmo na Faculdade onde trabalhou por um tempo e ensinou à bibliotecária da faculdade. Logo a bibliotecária começou a gravar lá com alunos voluntários.

Hoje a cabine de gravação na Biblioteca Monteiro Lobato conta com 5 funcionários que a operam com 20 voluntários divididos nos 5 dias da semana. O horário de gravação é das 9h30min até às 12h, retornando das 14h30min até às 17h.

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