Sobre a morte e o morrer



WILD, Margaret; BROOKS, Ron (ilust.) Vó Nana. São Paulo, Brinque Books, 2000. 32p. J/ W661v
Vó Nana e Neta moram juntas há muito, muito tempo. Elas compartilham tudo, inclusive as tarefas, até o dia em que Vó Nana não aparece para tomar o café da manhã. Calmamente, ela paga suas contas e trata de pôr seus negócios em ordem. Então ela leva Neta para um último passeio, apreciando, escutando, sentindo cheiros e sabores. Vó Nana e Neta se despedem da melhor maneira que conhecem.

KING, Stephen. O cemitério. São Paulo, Círculo do Livro, c1983, 381p. F/ K64c
O jovem médico Louis Creed se muda com sua família para uma pacata cidade no Maine. Ao conhecer o vizinho Jud Crandall, o médico tem cada vez mais a certeza de que levará uma vida normal com sua família. Um terrível engano. Não muito longe de sua residência, existe um cemitério de animais que esconde a entrada para um outro cemitério. Um cemitério muito estranho, onde os mortos lá enterrados têm o péssimo costume de voltar à vida no dia seguinte – de uma forma um tanto “diferente”!

SHELLEY, Mary. Frankenstein: ou o moderno Prometeu. São Paulo, Martin Claret, 2005. 208p. (A obra-prima de cada autor) F/ S549f
Victor Frankenstein, um estudante de Medicina, revoltado diante da morte de sua mãe, isola-se do mundo e parte para a busca do ideal humano: a imortalidade. Sua entrega a esta busca o faz criar e dar vida a uma criatura, o protagonista do romance, um gigante e com cicatrizes terríveis. Pior que isso, rejeitado por seu criador, não recebe nenhum nome, perdendo qualquer possibilidade de conseguir socializar-se.



AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água. São Paulo, Companhia das Letras, 2010, 109p. F/ A494m
Antes de se tornar o boêmio cachaceiro Quincas Berro d’Água, o funcionário público Joaquim Soares da Cunha foi um pai de família respeitável. A virada existencial, que levou a família a renegá-lo, deu-se aos cinqüenta anos de idade. Se um homem teve duas vidas tão contrastadas, nada mais justo que tenha também duas mortes. É esse duplo óbito que o autor narra nesta novela.

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 28ª.ed., São Paulo, Ática, 2008. 176p. (Bom Livro). F/ A866m
É após a morte que Brás Cubas decide narrar suas memórias. Nesta condição, nada pode suavizar seu ponto de vista irônico e mordaz sobre uma sociedade em que as instituições se baseiam na hipocrisia. O casamento, adultério, os comportamentos individuais e sociais não escapam à sua visão aguda e implacável.

GAARDER, Jostein. Através do espelho. São Paulo, Companhia das Letras, 2007, 141p. F/ G11a
Esta é a história de Cecília, uma menina que vive intensamente. As coisas que vai aprendendo, ela anota num caderninho. Cecília passa quase todo o tempo em seu quarto, deitada na cama. Ela está morrendo. Sua história é uma preparação para a morte – e por isso, é também um mergulho na vida. Ela morre como quem viaja, prestando atenção em tudo.


MASPERO, François. O sorriso do gato. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1988. 270p. F/ M368s
Ele tem treze anos. Chamam-no de O Gato. Foi seu irmão que lhe deu o apelido. Ele que brincar de guerra. Naquele verão, foi a guerra quem brincou com ele. Sonhou em partir para longe, tendo como montaria um velho e sábio elefante; naquele ano, as fugas se faziam sob a pontaria de tanques de guerra. Organiza concursos de aviões de papel, os aviões de verdade despejam montanhas de bombas. Gosta de piano, no entanto, a música, como tudo o que o rodeia, fala-lhe de morte.



NICHOLLS, Sally. Como viver eternamente: romance. São Paulo, Geração, 2009. 229p. F/ N518c
“Meu nome é Sam. Tenho onze anos. Coleciono histórias e fatos fantásticos. Quando você estiver lendo isso, provavelmente já estarei morto.” Esta é a história, narrada em primeira pessoa, de um menino que decide escrever um livro enquanto espera a morte, anunciada por um câncer incurável.

LESSA, Orígenes. A desintegração da morte. São Paulo, Moderna, 1981. 67p. (Veredas). F/ L632d
O que seria da vida se não existisse a morte? Durante anos, essa foi a maior indagação do professor Klepstein. O cientista trabalhara assiduamente na desintegração da morte e agora contemplava o impossível em seu laboratório: ele conseguiu inventar um processo que impede que as pessoas morram. Mas logo Klepstein percebe que a ausência da morte é algo terrível para a Humanidade pois toda a organização social se centralizava no fato de que um dia as pessoas morreriam.


STYRON, William. A escolha de Sofia. São Paulo, Círculo do Livro, c1979, 578p. F/ S931c
O romance é em parte autobiográfico, ao narrar o envolvimento de Stingo com a bela Sofia, assombrada pela terrível escolha que precisou fazer um dia e que não somente definiu o resto da sua vida, como também se tornou uma expressão idiomática: fazer uma “escolha de Sofia” significa ver-se forçado a optar entre duas alternativas igualmente insuportáveis. Em sua patética grandeza, A escolha de Sofia nos mostra uma mulher entregue a uma relação alucinante e destrutiva, impermeável a qualquer felicidade capaz de desviá-la do puro e simples aniquilamento. Para além das cercas eletrificadas e das câmaras de gás, Auschwitz continuava a fazer vítimas.



VIORST, Judith. Perdas necessárias. São Paulo, Melhoramentos, 335p. 159.947/ V79p
Neste livro a autora (psicanalista) auxilia-nos a entender que a perda é uma experiência necessária ao desenvolvimento emocional das pessoas. Perdemos o amparo materno e os diversos “eus” que se formam durante a juventude, além das pessoas que amamos, seja por abandono ou por morte.

AZEVEDO, Ricardo. Contos de enganar a morte. São Paulo, Ática, 2005. 61p. 398.2(81)/ A988c
Era uma vez a Morte. Ninguém queria saber dela e todo mundo só pensava em passar-lhe a perna, mandá-la para bem longe de suas vidas preciosas. O compadre bem que tentou ser mais esperto do que ela, o ferreiro achou que podia fazê-la esperar para sempre. Mas com a Morte não tem conversa mole. Quando a hora chega, não adianta bater o pé. É o que mostram essas narrativas populares, recolhidas e recontadas pelo autor.


DUDA, Deborah. Voltar para casa: um guia para o convívio com pacientes terminais. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1989. 322p. 649.8/ D891v
A decisão de morrer em casa. Como fazer para respeitar esse desejo de alguém que tem uma doença incurável? Quais os cuidados necessários? Estamos preparados para a morte? Essas são algumas das questões que a autora procura esclarecer neste livro, que é um guia para todos aqueles que estão vivendo a difícil situação de acompanhar um amigo ou parente em seus últimos dias de vida.

KUBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais tem para ensinar os médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. 9a. ed., São Paulo, WMF Martins Fontes, 2008, 295p. 128/ K97s
A autora descreve nesta obra que se tornou um “clássico” as experiências de pacientes terminais, suas agonias e frustrações, numa tentativa de encorajar as pessoas a não se afastar dos doentes “condenados”, mas antes, aproximar-se deles e ajudá-los em seus últimos momentos.

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